SECOND SEASON - A Perseguição. Capítulo 5 - Daddy.

Fanfic / Fanfiction de Ian Somerhalder - SECOND SEASON. A Perseguição. - Capítulo 5 - Daddy.

Pov. Carolina.
Assim que Justin foi embora uma ideia se passa pela minha cabeça. Esperei um tempo para ter certeza de que ele não se lembrou de voltar e buscar suas compras. Desejei boa noite para Anne e a dispensei para ir dormir. Preparei uma muda de roupa para o dia seguinte, sem tempo para tomar um banho e trocar de roupa, ele ainda deve estar no aeroporto. Por fim deixo um bilhete para Anne, caso ela me procure no dia seguinte. Por que deixar para o dia seguinte sendo que a minha vontade de vê-lo é imediata?
— Suas compras estão na minha geladeira. — Digo assim que ele atende o celular. Ouço-o bufar atrás da linha por ter se esquecido.
— Estou voltando aí para buscar. — Agradeço mentalmente por ele dizer que está voltando, afinal ele poderia dizer que buscaria as coisas no dia seguinte.
— Ok. — Respondo animada e desligo antes que ele diga mais alguma coisa.
Compras do Justin em mãos, minha bolsa com documentos, dinheiro, carregador do celular e do laptop, escova de dente, celular e o laptop, dentro, uma troca de roupa para o dia seguinte debaixo do braço, assim estou eu, à espera de Justin na portaria.
— Aonde vai? — O porteiro indaga.
— Apartamento de Carolina Batista. — Ouço a voz de Justin.
— Ela está saindo aqui, aguarde um instante.
O porteiro abre o portão para mim, passo pelo mesmo e desço poucas escadas, parando então no segundo e último portão onde Justin está a minha espera. Ele se surpreende por ver suas compras, minha bolsa e uma troca de roupa comigo.
— Você esqueceu suas compras, e eu, em casa. — Sorrio acanhada a ele que me devolve um belo sorriso, balançando a cabeça negativamente.
Justin pega suas compras e a minha bolsa, carregando tudo até seu carro que está parado na frente da portaria. Ele guarda as coisas na porta malas, e vejo que há alguém no banco da frente.
— Ryan acorde. — Justin balança o braço de seu amigo que acorda com o movimento. — Vá para o banco de trás.
— Mas estou deitado aqui. — Ouço uma voz conhecida reclamar, Charles.
— CHARLES! — Comemoro e Justin me olha bravo.
— Não grita, já é tarde. — Ele me repreende rápido.
— Carol? — Vejo Charles se levantar com dificuldade, abro a porta traseira para vê-lo melhor, seu braço esquerdo está enfaixado. E então seu sorriso se alarga por me ver. — Carol! — Balanço a cabeça afirmando sua exclamação, concordando que sim, sou eu a Carol.
— Te abraço na casa de Justin. — Digo animada assim que vejo o tal Ryan, sonolento, indo para o banco traseiro.
Tomo meu lugar no banco de passageiro ao lado de Justin que está dirigindo atentamente. Conversei com Charles o caminho todo, enquanto Ryan, o amigo deles, dormia. Reconheci a casa quando dobramos a rua do condomínio, a grande mansão Bieber, quanto tempo.
— Quer ajuda? — Pergunto por ver o braço de Chaz, esqueci-me de perguntar o que aconteceu.
— Não precisa. — Ele desce do veículo e me abraça com cautela. — Que saudade de você criança. — Rio e mostro a língua. — Você está linda!
— Obrigada.
— Olá Carol, sou Ryan, ajudei a te salvar e estou morrendo de sono. A gente se fala amanhã gata. — Ryan bêbado de sono, pisca para mim adentrando na casa, deixando-me rindo pela cena.
Um brutamonte, certamente o segurança, aparece e ajuda Justin com as malas dos rapazes, recolho o que é meu e também as sacolas de compra. A casa continua a mesma, do jeito que eu havia visto pela última vez e sorrio por isso matando a saudade. Deixo as compras sobre uma mesa, e uma empregada que desconheço recolhe-as e as guarda.
— Preciso de um banho e um pijama. — Falo ao ver Justin pela porta aberta de seu quarto, sendo a única porta aberta de todo o corredor.
— Pode entrar, vou pegar para você. Apenas feche a porta, por favor, acabei de ligar o ar condicionado. — O faço.
O quarto está igual também, parece que tanto tempo se passou ao mesmo tempo em que parece que foi ontem que estive aqui, é confuso. Sinto-me à-vontade como estive da outra vez. Justin volta do closet com uma de suas camisetas grandes em mãos e uma calcinha limpa. Uma calcinha limpa?
— É sua. Apenas está limpa, foram as que a gente comprou quando esteve aqui, não se preocupe. — Ele diz divertido, afinal estranhei quando vi a calcinha e devo ter deixado isso explicito em minha expressão. — As roupas que deixou aqui na minha casa, estão todas no meu closet. Não deixei que jogassem fora. — Sorrio com o que ouço, ele é incrível, não dá para crer. — Pode ir primeiro.
Entro no banheiro, tomando então o banho antes dele. Deixarei para lavar o cabelo amanhã de manhã. Não gosto de dormir com o cabelo molhado, me dá angustia o travesseiro úmido em meu rosto. Saio trocada do banheiro. Vejo-o entrar no mesmo deixando-me a só e em espera no quarto.
Não resisto em fechar os olhos, a cama macia e confortável juntamente com o ar gelando o ambiente só me fazem relaxar e querer dormir de tão gostoso que está. Fico feliz por estar aqui, feliz por estar na companhia dele, sentindo-me segura e protegida, feliz por estar de volta. Ouço a porta de o banheiro ser aberta, também o ouço apagar as luzes com o barulho do interruptor e sinto a cama afundar do meu lado esquerdo. Abro os olhos com dificuldade, pois estou com sono, mas está tudo completamente escuro não me dando visão alguma.
Sinto sua mão tocar meu rosto, fecho meus olhos contemplando seu toque. Pelo movimento leve do colchão se afundando ao meu lado, sei que ele está se aproximando. Sinto então seus lábios selando os meus de forma leve. Talvez ele pense que estou dormindo, e continuo imóvel.
Minha mão direita por estar por cima do meu corpo, afinal estou deitada de lado, pousa na nuca de Justin quando sinto ele se afastando, impedindo o ato. Colo nossos lábios novamente dando início a um beijo calmo e curto.
— Boa noite. — Ele diz em tom de sussurro, então apenas aproximo-me e deito minha cabeça em seu peito enquanto seus braços envolvem a minha cintura. Eu não poderia estar mais segura.
No dia seguinte ouço meu celular tocar freneticamente, reconhecendo-o pelo toque, praguejo mentalmente por não tê-lo deixado no modo silencioso e dentro da minha bolsa. Com dificuldade abro meus olhos, estico-me para pegá-lo e o atendo ao mesmo tempo em que sinto as mãos de Justin a minha volta, direciono meu olhar a ele e o vejo dormindo serenamente. Dorme tão lindo como um anjo, concluo.
— Bom dia Carolina.
— Bom dia, Eduardo Holmes. Acordou-me!
— Oh, desculpe-me. Pensei que estivesse acordada.
— Diga. — Suspiro fundo, ainda com sono.
— Liguei em seu apartamento e Anne atendeu dizendo que não estava em casa, pensei que havia saído.
— Não. Eu dormi fora. Mas diga o que há por ter me ligado?
— Ligando para dizer que hoje chegará uma encomenda em seu apartamento, quando chegar e abri-la me ligue. Tenha um bom dia e desculpe por acordá-la.
Desligo em sua cara antes mesmo de respondê-lo, medo e preocupações me tomam logo cedo, eu definitivamente não precisava disso. Uma encomenda, o que deve ser? Estou aflita. Olha para Justin, contemplando-o. Por que tão lindo? Seus braços apertam minha cintura, ele acordara.
— Bom dia. — Digo animada. Ele me puxa ainda de olhos fechados e sela nossos lábios. Oh, fui pega incrivelmente de surpresa.
— Agora sim, bom dia. — Seus olhos se abrem dando-me visão de seu belo par do mar de caramelos e sorrio, por um instante esquecendo a ligação de Eduardo. — Quem era?
— Se acertar, dou-lhe um beijo.
— Holmes? — Ele diz e eu o beijo, fazendo-nos rir.
— Só você para me fazer rir em um momento desses. — Digo a mais pura verdade fazendo-o sorrir com o que eu disse.
— O que ele quis?
— Disse que há uma encomenda que irei receber hoje, assim que eu receber e abri-la é para eu ligar para ele. — Um frio corre pela minha espinha.
— Estarei com você.
— Não é necessário, apenas me leve e passe o dia com os meninos. Eles estão aqui por sua causa.
— Não seja por isso. — Ele sela nossos lábios novamente, surpreendida novamente, wow.
— Estou com fome.
— Então somos dois. Vista um roupão, vamos descer. — Assinto e assim o faço quando nos levantamos.
Arrumo meu cabelo em um coque alto, meu cabelo está desgrenhado. Justin dormira de cueca, foi uma pena eu estar com sono ontem à noite quando nos beijamos antes de dormir, logo penso ao analisar seu novo abdome, oh céus, os anos se passaram e ele continua irresistível. Trajando um roupão também, ele me puxa pela cintura de repente e sela nossos lábios, dando inicio a um beijo. Que belas surpresas vindas de Bieber estou tendo, uau.
— Eu não escovei os dentes, seu nojento. — Digo assim que paramos de nos beijar.
— Tonta. — Ele ri.
— Não faça mais isso. — Tento ficar brava, mas estou feliz por tê-lo.
— Você está linda assim, sabia? — Ele abraça minha cintura pelas costas e deixamos seu quarto andando de tal jeito. Temos certeza que realmente nos reencontramos ontem? Parece que não deixamos de nos ver todos esses anos, e parece também que somos um belo casal acordando feliz, juntos, pela manhã.
Tomamos desjejum a dois, infelizmente não pude desfrutar dos waffles que eu pediria para Anne ter feito. Graças a Justin e seu bom humor que me fizeram esquecer o meu medo, tive uma refeição boa e calma. Os rapazes ainda dormiam, arrumei-me e Justin decidiu me levar para o apartamento.
O caminho parecia embrulhar meu estomago a cada vez que o carro avançava um sinaleiro que se abria. O que está por acontecer? Dentro do elevador, afinal Bieber fez questão de subir comigo, e armado, para checar se está tudo bem, apertei sua mão quando ia abrir a porta.
— Bom dia dona Carolina. — Anne nos cumprimentou com um sorriso no rosto. — Sr. Holmes ligou hoje cedo, perguntando se uma encomenda havia chego e se a senhorita havia a aberto. Então lhe contei que havia deixado um bilhete dizendo que não estava no apartamento.
— Ah sim, sem problemas. — Digo nervosa, tentando transparecer calmaria enquanto Justin apertava minha mão firmemente relembrando-me que ainda está comigo.
— Sua encomenda está sobre a mesa de centro. — Apontou para a sala de estar. — Vou terminar de fazer a minha refeição. Já comeram o desjejum? — Digo que sim com a cabeça e em seguida Anne vai para a cozinha.
Não me preocupei com nada, nem mesmo em corrigir Anne por ter me chamado de senhorita, apenas estou aflita e com medo.  Olho para Justin que me lança um olhar indicando para prosseguirmos até a caixa. Aproximo-me da mesma e ele mantem a mão em sua cintura, onde sua arma está escondida. Há também outra em suas costas e uma em seu tornozelo, mas seus trajes as escodem.
— Com cuidado. — Ele me aconselha e assim faço.
Abro a mesma e dentro há apenas um gravador enrolado em uma fita vermelha formando um laço bonito. Há uma caixa de pilha, lacrada, e um bilhete dizendo “Coloque as pilhas para ouvir”. Justin se senta ao meu lado, nervosa e incapaz de colocar as pilhas, ele faz isso por mim. Quando feito, o gravador é ligado e ele aperta o botão play.
— Olá filha. — A voz de meu pai ecoa pelo gravador tomando-me de susto e levo minha mãe até a minha boca, incrédula. — É o papai, meu amor. Antes de tudo não quero que se assuste. Confie em mim. — Ele diz calmo. — Você confia em mim, não confia? Se acalme. — E o faço, parece que estamos conversando ou que ele está me vendo enquanto diz tais coisas. — Um pouco mais calma? — Sua voz ecoa novamente e assinto para mim mesma. — Se você está ouvindo isso é porque provavelmente eu já me fui junto de sua mãe, e porque você conseguiu e está viva a salvo. — Ouço o suspirar fundo. — Peço desculpa por tudo o que tenha passado, não consigo nem imaginar. Mas sempre acreditei em seu potencial, em sua força e sabia que conseguiria sair dessa. Conhecendo-te tão bem quanto teu próprio pai... — Ele ri falando de si mesmo. — Você deve estar trabalhando muito, amarga da vida e se sentindo sozinha. Não é mesmo minha filha? — Lágrimas escorrem de meus olhos e assinto novamente sua pergunta. — Eu sabia que isso ia acontecer. Você está em uma linda cidade, não? Pedi para que Holmes providenciasse um belo lugar que você gostasse, e um belo apartamento que a faça se sentir confortável, tudo o que você merecer para descansar longe do trabalho um pouco. — Aperto a mão de Justin que está entrelaçada na minha enquanto eu choro em silencio, ouvindo a voz de meu pai soando como melodia para os meus ouvidos.
Justin não está entendo nada devido ao idioma diferente, mas por ver meu estado, acolhe-me em um abraço apertado. Sussurro para ele que parece confuso, “É meu pai, está tudo bem” e ele assente ficando assustado e surpreendendo-se como eu. Volto então a ouvir meu pai.
— Peço que não fique com raiva de mim, você certamente pensara que eu poderia ter evitado tudo o que aconteceu, mas você me conhece. Eu não posso mudar os planos de Deus, tudo o que irá acontecer será porque está predestinado a acontecer, ou como você está ouvindo este áudio no futuro, tudo aconteceu por vontade de Deus. Sua tia soube do plano de seu tio e contou-me, só não sabia quando ele iria fazer algo contra mim, mas eu hei de saber em breve, ele não perdera oportunidades. Eis então que eu não a deixarei sofrer, você é uma das melhores coisas que me aconteceu, uma das melhores porque a outra melhor coisa que me aconteceu foi sua mãe, minhas duas e únicas melhores coisas da vida. O testamento que provavelmente você já tem conhecimento, o fiz e deixei com Theo, o nosso advogado. — Theo Abraham, o advogado e amigo da família que revelara a meu tio o testamento de meu pai que deixara toda a herança para mim. — Theo e Eduardo já sabem, aliás, estou contando com a ajuda deles para cumprir parte da minha missão após a minha vida. Que é cuidar da sua. Sempre estarei cuidando de você, de onde quer que eu e sua mãe estejamos, estaremos olhando e cuidando de você. — Meu rosto está encharcado com cada revelação dita por meu pai. — Nada e nem ninguém pode mudar o que vai acontecer, ou o que aconteceu, a não ser Deus. Eu escrevi cartas, você as receberá dentro de alguns dias, uma de cada vez. São muitas cartas, não lhe direi quantas, se não, não haverá graça em meu plano. Quando for a ultima, saberá. Você deve estar provavelmente assustada, talvez Eduardo tenha agido estranho, ele fica nervoso quando tem que guardar um segredo importante, aprenda isso, ele será seu melhor amigo. — Ele ri. — Se ele estiver estranho, não se preocupe, é por isso, por causa dessa surpresa. Por causa do nosso segredo. Não culpe a mim e nem a ninguém por tudo o que aconteceu, Deus sabe o que faz. — Ele funga, está chorando na gravação e eu choro mais um pouco junto com ele. — Você deve estar uma linda mulher, sei que está e parabéns por sempre manter eu e sua mãe orgulhosos de você. Parabéns por cuidar da nossa, da sua, empresa. Sei que está fazendo um bom trabalho, é sangue do meu sangue, não há o que negar, por isso tanto talento. — Ele ri ao mesmo tempo em que choramos juntos. — Não se preocupe, tire um tempo pra você, desligue-se o quanto puder da empresa para curtir um pouco. Você não deve curtir a tempos, não é? — Assinto chorando mais ainda. — Sei que sim. — Concorda comigo como se estivéssemos partilhando um diálogo. — A partir de agora fica revelado o segredo. Agradeça Holmes e Abraham por serem as melhores pessoas que já conheci, guarde-os, serão ótimos anjos protetores para você, pois foram para mim. Amo você minha filha! Até alguns dias em nossas cartas. Eu amo você com toda a minha vida e com toda a minha força.
A gravação acaba e meu estado emocional está devastado. Que saudade dele, que saudade eu estava de ouvir sua voz. Não acredito que ele tenha feito isso, que tenha pensado nessa surpresa. Oh meu Deus, imaginei tantas coisas ruins, vindas de Holmes e terceiros, quando na verdade era um segredo de meu pai. Agora está tudo bem. Rio sem vida, desacreditando que meu pai pensara em tudo. E não, eu não o culpo, não culpo ninguém, eu o conheço e devo saber que sua fé sempre foi maior do que qualquer coisa. Não vou pensar que algo poderia ser feito para evitar toda essa circunstancia, meu pai soube de cada passo dado. Eu o amo, eu amo os meus pais.